sábado, 24 de outubro de 2009

Modelagem simples em 3Ds Max 9

Modelagem simples de uma cadeira, em 3D.
Uma idéia inicial para auxiliar no aprendizado.



Por: Tiago Reis
Web: http://tiagoreis.com/

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Modelagem de uma cadeira a partir de um Box e com isso comece a desenvolver seus objetos em 3D

Neste tutorial vamos desenvolver com conceitos básicos de modelagem no 3Ds Max 9 uma cadeira simples, mais que lhe dará base para desenvolver diversos objetos como mesas e outros objetos inorgânicos.
É bom lembrar que o 3Ds Max 9 apesar de ser uma ferramenta completa ela não é indicada para modelagem de precisão e sim desenvolvido para englobar todos os aspectos do processo de criação, o 3Ds Max possui ferramentas indispensáveis para estúdios de efeitos visuais, cinema, games e publicidade, por tanto, não vamos se prender em medidas neste tutorial, ficará livre para modelar com suas medidas, apenas seguindo as proporções de sua visão.
Vamos modelar os polígonos através, dos vertes e pelas faces do polígonos, usando os modificadores Extrude e Bridge. Extrude é modificador que faz um corte na superfície do objeto criando um degraus solido sobre o mesmo ou para dentro do mesmo. Bridge é um modificador cria um ponte solida entre duas ou mais faces, utilizando parâmetros que possibilita alterar o formato da ponte
Para desenhar qualquer objeto em 3D é necessário localizá-lo no espaço tridimensional. Como no Plano Cartesiano, que você já deve ter visto nas aulas de álgebra do colégio, utilizamos em 3D os eixos X e Y para localizar a posição do objeto horizontalmente e verticalmente, já adicionando o eixo Z ao sistema de coordenadas, podemos definir um ponto em qualquer lugar do espaço tridimensional, por tanto podemos definir que o eixo Z como profundidade.
Para criar objetos 3D é indicado buscar referencias do mundo real, por tanto, tentar encontrar imperfeições e passar para o objeto em 3D, buscando transformar o mais real possível.


01 - Clique no botão Box na caixa de ferramentas Object Type e altere os Parâmetros length Segs para 7, Width Segs para 7 e Height Segs para 1 com isso inserimos novos segmentos ao Box.
02 - Clique e arraste na vista Perspective para desenhar, ao soltar clique quando encontra a espessura ideal para o Box. Para visualizar os segmentos pressione a tecla F4.
03 - Clique com o botão direito do mouse sobre o objeto Box criado. Selecione no menu que aparecerá sobre o mesmo a opção Convert to Editable Poly para converter para polígono.
04 - Clique em Vertex para modelar pelos os pontos do objeto. Podemos também usar para modelagem os Edge (linhas), Border (Bordas), Polygon (polígonos) e o Element (todo objeto).
05 - Na vista Top selecione clicando e arrastando sobre os pontos. Agora pressione a Tecla W do teclado para movimentar os Vertex usando as setas verdes e vermelhas.
06 - Modele os pontos de forma simétrica como mostrada na figura acima. Para Conferir clique Na vista Perspective, pressionando o botão central do mouse + Alt mudando o anglo de visão.
07 - Selecione no menu mostrado no passo 4 Polygon. Na vista Perspective selecione com a tecla Ctrl os polígonos indicado acima. Verifique se não selecionou a polígonos a traz do Box.
08 - Clique com o botão direito do mouse sobre o objeto e ao aparecer o menu selecione a opção Extrude clicando a esquerda da palavra Extrude onde o ícone é uma janela.
09 - Selecione a opção Group e altere a opção Extrusion Height observando pela vista Perspective os resultados do Extrude até encontrar a altura ideal, ao encontrar clique em OK.
10 - Em seguida selecione com a tecla Ctrl os polígonos das pontas como repetindo o processo anterior de Extrude só que não pressione OK. Estamos quase terminando o encosto.
11 - Continuando o passo anterior pressione no botão Apply e ajuste para o tamanho observando a figura acima. Pressione novamente no botão Apply e depois no botão OK.
12 - Selecione com a tecla Ctrl os polígonos indicado na figura. Para melhor visualizar movimente o anglo de visão da vista Perspective com a tecla Alt + o botão central do mouse.
13 - Após selecionado os dois polígonos, pressione o no botão Bridge (ponte), indicado na figura. Na janela Bridge Polygons altere o numero de Segmenters para 3 e pressione OK.
14 - Selecione os seguimentos que estão indicados na figura usando a tecla Ctrl. Mude o anglo de visão da vista Perspective para facilitar a seleção usando Alt + botão central do mouse.
15 - Em seguida pressione novamente o botão Bridge para criarmos uma ponte entre os dois seguimentos selecionados que servira de encosto para as costas de sua cadeira.
16 - Altere o numero de Segmenters para 10, Taper para -1.96 e caso queira mais suavidade aumente o Smooth e clique em OK quando chegar ao resultado esperado. Observe a figura.
17 - Em seguida vamos criar o encosto para cabeça de sua cadeira, selecionando os Vertex na vista Font como indicado na figura. Certifique que selecionou todos os pontos indicados.
18 - Depois de selecionado os vertex (pontos), pressione a tecla W para ativar o Scale e para movimentar-los, clique e arraste para cima sobre a seta verde no eixo Y.
19 - Altere a visualização da vista Perspective, de modo que podemos visualizar a parte inferior da cadeira, usando a tecla Alt + botão central do mouse pressionado.
20 - Selecione os seguimentos com a tecla Ctrl pressionada, verificando se não selecionou segmentos da parte de cima da cadeira. Clique em Extrude como mostrado na figura.
21 - Ajuste a Extrusion Height observando a vista Front até encontra o tamanho desejado, lembrando que o comprimento total é um pouco maior, pelo fato de faltar o encosto para os pés.
22 - Clique no botão Apply ajustando novamente o comprimento e clique em Apply mais uma vez para determinar o comprimento total do pé da cadeira. Clique em Ok para finalizar.
23 - Selecione os seguimentos indicado na figura para criar uma ponte entre eles que servira de apoio para os pés. Mude o anglo de visão verificando se selecionou seguimentos extras.
24 - Clique no botão Bridge e ajuste os Segmenters para 1, Taper para 0 e clique no botão OK para finalizar sua cadeira. Para visualizar pressione a tecla F9 para renderizar.

(T. Reis)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Conceitos gerais e o projeto de iluminação em um restaurante

A iluminação em restaurantes envolve vários aspectos, dependendo de características tanto das construções em si como também do serviço prestado pelos mesmos. Isso ocorre porque a iluminação influencia diretamente o comportamento das pessoas em restaurantes; por exemplo, estabelecimentos do tipo fast food apresentam iluminâncias altas e consideravelmente constantes, já que isso estimula os clientes a ficarem pouco tempo e terem refeições rápidas, enquanto em locais que oferecem serviços à la carte – como o Koban – deve prevalecer um projeto de iluminação mais complexo, a fim de que seus clientes sintam-se convidados a passarem mais tempo no interior (espera-se aconchegante) desses.


Típico restaurante Mc Donalds e o restaurante Koban de Moema, em São Paulo

Assim, o projeto de iluminação (e seu aproveitamento tanto da luz natural como de fontes artificiais) é muito importante para criar uma identidade do restaurante e também ambientações diversas em seu interior – por mais próximas e semelhantes que essas sejam. Então, serão analisados os principais fatores que compõem a iluminação de restaurantes, capazes de provocar sensações e estímulos, além do principal (prover de luz adequadamente seus espaços internos, principalmente os dedicados aos alimentos e ao estar das pessoas).
Diferentes tons de luz são importantes para provocar sensações de profundidade e melhor definição das formas dos objetos e ambientes, e devem ser combinados e planejados cuidadosamente com as sombras, para que criem os contrastes desejados e evitem ofuscamentos; ausência de sombras, iluminância muito uniforme e luz difusa deixam com aparência plana os objetos e a paisagem em geral, como será comentado a seguir, e por isso não são os aspectos mais interessantes ao presente estudo.
A luz, como aponta Cláudia Torres (Lume Arquitetura edição 25), tem seu desenho formado pelos seguintes itens: intensidade, cor e contraste.
Em restaurantes como o Koban, que apresentam padrão relativamente elevado, o contraste é uma das ferramentas que devem ser melhor trabalhadas; segundo Gordon, “a percepção do mundo a nossa volta é baseada na quantidade de contraste: as diferenças entre claro e escuro.
Contraste é um estímulo que influencia o humor e a produtividade. (...) Em vez de se questionar quanta luz é necessária a um ambiente ou atividade, projetistas de iluminação deveriam se perguntar quanto contraste é requerido.”
A intensidade está relacionada com a quantidade de luz captada por nossos olhos (que por sua vez é influenciada por muitos outros fatores, tanto do ambiente em si quanto dos componentes relativos às ditas fontes de luz), e também é baseada na experiência – por exemplo, se dizemos que o dia está muito claro, com alta intensidade de luz natural, temos por base que a maioria dos dias apresenta claridade inferior.
Entre outras, variações bem planejadas de intensidades de luz podem servir para destacar ambientes, separá-los, conectá-los, definir hierarquias entre os mesmos ou sugerir direções dentro do recinto.

Por último, a cor é muito mais do que um simples jogo de comprimentos de ondas, sendo somados, subtraídos, filtrados, emitidos e refletidos; a cor pode ser responsável por induzir muitas emoções e sentimentos aos seres humanos, influenciando os sistemas psicológico e até mesmo o fisiológico. Segundo Cláudia Torres, que teve como referências Richard Gerber e o manual da IES Lighting, as cores ditas “quentes”, como vermelho, laranja e amarelo, provocam excitação e sensações de alegria, luminosidade, aquecimento e estímulo, enquanto as cores ditas “frias” – como azul, verde e violeta, transmitem sensações de equilíbrio, calma, tranqüilidade e suavidade, mas também podem gerar sono e ambientes sonolentos e depressivos, se não utilizadas de maneira adequada.

Temos, também, os tipos dominantes das fontes de luz, e que são determinantes “à psicologia” apresentada pelos ambientes; segundo Gordon: iluminação geral e difusa, iluminação focada, e iluminação pulverizada. Richard Kelly, especialista em projetos de iluminação, comenta esses três tipos no livro acima citado: “A iluminação geral e difusa não cria sombras, e minimiza formas e volumes. Enfim, desmaterializa [o ambiente]. Reduz a importância de objetos e pessoas. (...)Geralmente é tranqüilizador e repousante”; diante disso, conclui-se que esse tipo de iluminação não pode prevalecer em restaurantes como o que está sendo estudado.
Para Kelly, a iluminação com focos de luz “pode induzir movimento, separa o importante do sem importância, fixa o olhar, diz às pessoas o que elas devem olhar, cria interesse e comanda a atenção; organiza, marca o elemento mais importante, cria um senso de espaço e pode sistematizar a profundidade do ambiente através de uma seqüência de centros focados”.
Ainda, segundo Kelly, a iluminação pulverizada “é como um céu estrelado, e essa composição de brilhantes excita os nervos ópticos... estimula o corpo e o espírito e encanta os sentidos. Cria um sentimento de vivacidade, alerta a mente, desperta a curiosidade. É a mais excitante forma de iluminação; estimula e desperta apetites de todos os tipos; candelabros em ambientes de jantar ou marquises em teatros, por exemplo, tiram vantagem desse fato.”
Então, percebe-se que esses dois últimos citados devem ser combinados inteligentemente para que o projeto de iluminação propicie os efeitos desejados e portanto se configure como um sucesso.
O balanço de iluminação, utilizando os elementos já citados, é o que formará a identidade dos ambientes quanto à iluminação.
Ambientes com baixo contraste são pobres na criação de estímulos e, aliados a uma iluminação mais geral, criam impressões de espaços públicos. Por sua vez, espaços com altos contrastes de iluminação podem evocar específicos humores e emoções, focos de luz criam contrastes que captam a atenção das pessoas – um único holofote iluminando algo ou alguém em um palco é seu exemplo extremo; iluminações específicas em determinados pontos, criando destaques e também um jogo de sombras, são muito importantes para se sugerir impressões de um espaço “privado” e aconchegante, aspecto fundamental a restaurantes mais finos.
Por fim, a iluminação não uniforme causa impressões de agradabilidade, e pode ser classificada como mais “amigável, sociável e interessante.”


(G. Serra)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Leonardo da Vinci e as enchentes

Todo mundo conhece o gênio de Leonardo da Vinci, mas poucos sabem que ele foi o engenheiro hidráulico que resgatou a província de Milão da calamidade das inundações dos cursos d’água que a atravessam.
Depois da enchente que em 16 de março, ocorreu em São Paulo, parece claro que o sistema de escoamento das águas de chuva e dos rios da cidade na funciona muito bem.
Mas como resolver esse problema que atrapalha a cidade?

Ninguém sabe, ma
s em 1492, quando a América estava sendo descoberta, na Itália, Leonardo da Vinci já sabia muito sobre esse assunto. Ele ficava dias nas margens dos cursos d’água colocando pedras de diferentes formas e tamanhos para ver como o fluxo da água mudava.
Os pescadores observavam e o achavam doido, mas não sabiam que ele estava escrevendo um tratado sobre o fluxo d’água e seus parâmetros físicos (Del Moto e della Misura Dell’ acqua, LEONARDO DA VINCI) infelizmente ainda não traduzidos em português. Também em 1515, ele começou a direção da construção de uma obra faraônica que foi acabada somente após muitos anos, em 1777.
Leonardo projetou um sistema de canais e eclusas altamente tecnológicos que resolveu o problema das enchentes que atrapalhavam Milão e a província.
A função dos c
anais e das eclusas era de, além de possibilitar o acesso de barcos a Milão, criar uma rota alternativa e mais controlável para o fluxo da água que chegava dos Alpes até o rio Pó, evitando as inundações das áreas urbanas. Esse sistema, com as devidas manutenções está ainda em utilização e em pleno funcionamento.
O território de São Paulo é muito diferente de Milão e, sobretudo a época é não é a mesma: agora a consideração dos problemas ambientais é indispensável para avaliar qualquer hipótese de intervenção no território. Todavia estudando aquele exemplo e o tratado que Leonardo da Vinci escreveu, talvez seja possível encontrar segredos úteis para chegar a uma solução viável.


(Paola Bianchi)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Utilização de Manta Geotêxtil nas Redes de Drenagem

É comum, principalmente em regiões litorâneas, depararmos com crateras, ao transitarmos pelas ruas pavimentadas.
O motivo quase sempre é o mesmo; infiltrações nas juntas das tubulações das redes de drenagem e de captação de águas pluviais. O material do reaterro das valas de assentamento destas tubulações escapa pelas pequenas juntas entre os tubos, formando vazios sob a pavimentação, que em seguida cede, aparecendo então estas crateras no pavimento.
A explicação é muito simples. Normalmente, os tubos de concreto utilizados nas redes de drenagem e captação de águas pluviais, após assentados, tem suas juntas – encaixe do tipo ponta e bolsa – rejuntadas com argamassa feita com cimento e areia. Porém esta argamassa é “rígida” , o que após a acomodação ou pequenas movimentações da tubulação, pode apresentar fissuras, por onde o material de reaterro passa, e é arrastado pelas águas.
Este processo é muito mais comum em terrenos arenosos, pois além do solo ser constituído de material de granulometria muito fina, o lençol freático quase sempre é aflorante, ou seja, está acima do nível da tubulação de captação das águas pluviais que foi assentada, exercendo portanto, grande pressão de fora para dentro, nestas tubulações.
A Enplan Engenharia e Construtora Ltda, empresa especializada neste tipo de obra, vem há muito tempo desenvolvendo técnica para evitar este grave problema, bastante comum nestas regiões.
Todo processo de assentamento é o mesmo, porém é acrescido um reforço nas juntas das tubulações, com a utilização de mantas geotêxtis.
Esta técnica, além de garantir a execução do serviço, pois evita a ocorrência de infiltrações, funciona também como dreno, ou seja, permite a passagem da água, mas retém o material de reaterro, melhorando com isso as condições locais, principalmente onde o lençol freático é aflorante.

A manta geotêxtil é um material cuja propriedade hidráulica o torna substituto de filtros de areia convencionais, pois com sua estrutura porosa, tem elevada permeabilidade, mas evita o carreamento de partículas para o interior da tubulação. É um produto resistente à tração, ao rasgo, à punção e ao estouro, tem ótima interação com os diversos tipos de solo, e é resistente à intempéries.

(L. G. Alves)