quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Utilização de Manta Geotêxtil nas Redes de Drenagem

É comum, principalmente em regiões litorâneas, depararmos com crateras, ao transitarmos pelas ruas pavimentadas.
O motivo quase sempre é o mesmo; infiltrações nas juntas das tubulações das redes de drenagem e de captação de águas pluviais. O material do reaterro das valas de assentamento destas tubulações escapa pelas pequenas juntas entre os tubos, formando vazios sob a pavimentação, que em seguida cede, aparecendo então estas crateras no pavimento.
A explicação é muito simples. Normalmente, os tubos de concreto utilizados nas redes de drenagem e captação de águas pluviais, após assentados, tem suas juntas – encaixe do tipo ponta e bolsa – rejuntadas com argamassa feita com cimento e areia. Porém esta argamassa é “rígida” , o que após a acomodação ou pequenas movimentações da tubulação, pode apresentar fissuras, por onde o material de reaterro passa, e é arrastado pelas águas.
Este processo é muito mais comum em terrenos arenosos, pois além do solo ser constituído de material de granulometria muito fina, o lençol freático quase sempre é aflorante, ou seja, está acima do nível da tubulação de captação das águas pluviais que foi assentada, exercendo portanto, grande pressão de fora para dentro, nestas tubulações.
A Enplan Engenharia e Construtora Ltda, empresa especializada neste tipo de obra, vem há muito tempo desenvolvendo técnica para evitar este grave problema, bastante comum nestas regiões.
Todo processo de assentamento é o mesmo, porém é acrescido um reforço nas juntas das tubulações, com a utilização de mantas geotêxtis.
Esta técnica, além de garantir a execução do serviço, pois evita a ocorrência de infiltrações, funciona também como dreno, ou seja, permite a passagem da água, mas retém o material de reaterro, melhorando com isso as condições locais, principalmente onde o lençol freático é aflorante.

A manta geotêxtil é um material cuja propriedade hidráulica o torna substituto de filtros de areia convencionais, pois com sua estrutura porosa, tem elevada permeabilidade, mas evita o carreamento de partículas para o interior da tubulação. É um produto resistente à tração, ao rasgo, à punção e ao estouro, tem ótima interação com os diversos tipos de solo, e é resistente à intempéries.

(L. G. Alves)